Governo do Distrito Federal
9/05/22 às 16h46 - Atualizado em 18/01/23 às 14h30

Audiência Pública na Câmara Legislativa debate alterações no Bolsa Atleta

Programa é incentivo a atletas, com ou sem deficiência

 

A Câmara Legislativa recebeu, nesta segunda-feira (09), uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei Distrital nº 2.568/2022, proposto pelo Poder Executivo. O texto prevê a equiparação dos pagamentos no programa Bolsa Atleta. Atualmente, atletas com e sem deficiência recebem valores diferentes, sendo que o segundo grupo tem direito ao auxílio financeiro maior.

 

Idealizador do debate, o deputado distrital Iolando Almeida informou que existem cerca de 266 atletas contemplados com o benefício em todo o Distrito Federal, nas mais diversas modalidades. O parlamentar destacou a expressividade do segmento da pessoa com deficiência no DF e o engajamento do grupo no paradesporto. “A gente sabe que nem todos são atletas, mas nós sabemos que tem uma parte do nosso segmento que é formado por paratletas sendo atuantes na área”, disse o distrital.

 

Iolando afirmou que o PL estava pronto para ser votado em plenário na semana passada, mas pediu vistas do texto e organizou o encontro para, segundo ele, discutir a pauta junto com o segmento.

 

Dessa forma, o texto deve tramitar pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS); de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF); e de Constituição e Justiça (CCJ) do parlamento distrital antes de ir novamente à apreciação dos deputados.

 

A Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF (SEPD) esteve no encontro, que também contou com a participação da Diretoria de Apoio aos Atletas da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), além de diversos representantes do paradesporto em Brasília.

 

O secretário Flávio Santos reconheceu o ganho social que o esporte traz à vida de uma pessoa com deficiência. Ele parabenizou a Secretaria de Esportes e o Governo do Distrito Federal pela proposta de mudança na Lei e acredita que a equiparação nas bolsas valorizará o paradesporto e os paratletas.

 

O titular da SEPD também lembrou da época em que participava de competições nacionais e internacionais como atleta e ressaltou que a dedicação e o compromisso dos paratletas em suas modalidades esportivas é o mesmo empenhado por um esportista sem deficiência.

 

“O atleta paralímpico recebe menos ou é menos beneficiado que um atleta olímpico, mesmo que treine da mesma maneira. Se ele se empenha, tem suas federações e entidades esportivas registradas, tem suas competições, sejam elas locais, regionais, nacionais ou internacionais, por que em vários momentos o paratleta é de uma certa forma desvalorizado ou não é respeitado?”, questionou.

 

Flávio garantiu, ainda, que receberá representantes das entidades de apoio ao paradesporto para discutir outros pontos do Projeto de Lei.

 

Seguindo a linha de raciocínio do chefe da SEPD, Carlos Alberto Ferreira, diretor de Apoio aos Atletas na Secretaria de Esportes do DF, elogiou o desempenho dos paratletas do Distrito Federal nas competições. “O desporto paralímpico entrega, para o DF, muitos resultados. Precisamos olhar isso com muito carinho”, declarou.

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